Sábado, 26 de Abril de 2025
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira (23) a operação "Sem Desconto" para investigar descontos irregulares em benefícios previdenciários administrados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). As irregularidades atingiram aposentados e pensionistas em Mato Grosso do Sul e outros 12 estados, totalizando um prejuízo de 6,3 bilhões de reais no período de cinco anos.
A ação envolveu a execução de 211 mandados de busca e apreensão, além de ordens para bloquear bens no valor superior a 1 bilhão de reais e seis prisões temporárias. Os alvos estão distribuídos no Distrito Federal e em estados como Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Irregularidades identificadas
As investigações revelaram que mensalidades associativas eram cobradas indevidamente dos beneficiários, especialmente em aposentadorias e pensões. Os suspeitos poderão ser enquadrados em crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Em Mato Grosso do Sul, as diligências concentraram-se em Campo Grande. A operação busca coibir práticas que desviam recursos públicos e prejudicam milhares de cidadãos que dependem dos benefícios previdenciários.