Vacinação contra COVID-19 Protege Contra Complicações Cardíacas, Aponta Estudo

Imunização reduz risco de doenças cardiovasculares associadas ao COVID-19 e COVID longa

18/09/2025 às 18:46
Por: Redação

Um novo consenso clínico publicado na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva enfatiza que a vacinação contra a COVID-19 protege também contra a COVID longa e doenças cardiovasculares relacionadas ao vírus.

'A vacinação continua sendo a pedra angular da prevenção, reduzindo significativamente a gravidade da COVID-19 aguda e diminuindo o risco de COVID longa em mais de 40% em indivíduos vacinados com duas doses, em comparação com os não vacinados', diz o documento.

Estudos analisados para a elaboração do consenso mostram que, se uma pessoa que nunca foi vacinada apresentar um quadro de COVID longa, a imunização pode ajudar a reduzir os sintomas. Recomenda-se que as doses de reforço sejam tomadas especialmente por pessoas que fazem parte dos grupos de alto risco.

O documento destaca que as complicações cardíacas são comuns após a infecção pelo vírus e, na fase aguda, podem incluir miocardite, pericardite, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, trombose e embolia pulmonar. Pessoas que tiveram COVID apresentam duas vezes mais risco de desenvolver algum problema cardiovascular.

Estima-se que cerca de 100 milhões de pessoas em todo mundo estão vivendo com COVID longa. Dessas, aproximadamente 5 milhões têm COVID longa cardíaca. As evidências científicas disponíveis até o momento mostram maior incidência de COVID longa em pessoas com idade avançada, mulheres e pacientes com comorbidades pré-existentes.

Os pesquisadores também consideram essencial que essas pessoas sejam conscientizadas a agir sobre fatores de risco modificáveis, como hipertensão, níveis elevados de gorduras e açúcar no sangue, tabagismo, sedentarismo e má alimentação. No entanto, reforçam que 'a vacinação permanece a única medida preventiva comprovada'.

Desde 2024, a vacina contra COVID-19 faz parte do calendário básico de vacinação das crianças e a primeira dose deve ser tomada aos 6 meses de idade.

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