Quinta, 14 de Agosto de 2025

Firjan e FIEMG Cobram Agilidade em Plano de Socorro Contra Tarifaço de Trump

Indústrias fluminense e mineira pedem celeridade na execução das medidas do Plano Brasil Soberano para mitigar impactos das tarifas americanas.

13/08/2025 às 22:40
Por: Redação

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considera o plano de socorro às empresas afetadas pelo tarifaço norte-americano, apresentado pelo governo federal, um "primeiro passo" para atenuar os danos causados pelos Estados Unidos.

A Firjan enfatiza que, para que as medidas tenham o efeito desejado, é crucial que as empresas, em especial as de pequeno e médio porte, acessem rapidamente as ações do programa governamental. O Plano Brasil Soberano foi oficializado por meio de Medida Provisória, publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Notícias relacionadas:

A Firjan reitera a importância do diálogo contínuo entre governos, com o apoio do setor empresarial, para encontrar soluções negociadas que preservem o ambiente de negócios e investimentos entre os países. A federação também defende a necessidade de abrir novos mercados.

A Firjan estima que 2% das exportações fluminenses estejam sujeitas às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, com base nos dados de exportação de 2024. Os setores mais afetados incluem Alimentos e Bebidas, Plástico, Químico, Têxtil e Pescado.

FIEMG: Medidas paliativas

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) reconhece que as medidas do Plano Brasil Soberano representam um esforço para mitigar parte dos prejuízos decorrentes das tarifas impostas pelos EUA aos produtos brasileiros. No entanto, a entidade ressalta que o impacto real na preservação da competitividade industrial brasileira dependerá da agilidade na execução das medidas e da eliminação de barreiras burocráticas para que os recursos cheguem efetivamente ao setor produtivo.

Segundo o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, as ações apresentadas não substituem a necessidade de uma solução estrutural e diplomática.

As medidas podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema. É urgente que o Brasil mantenha negociações firmes e produtivas com o governo norte-americano, buscando reverter as tarifas e resguardar uma relação comercial estratégica. Se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel.